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Bancos se reúnem para determinar instalação de equipamentos de segurança no Grande Recife  

Por Vanessa Silva/NE10 | 27-11-2012

O número de assaltos a banco aumentou mais de 200%, segundo o promotor Ricardo Coelho

A insegurança de clientes e bancários pernambucanos pode diminuir em breve. Os principais bancos se comprometeram com o Ministério Público de Pernambuco (MPPE) a instalar os equipamentos de prevenção a assaltos e furtos no prazo de três meses. As primeiras agências a receber os materiais são as de Recife, Olinda e Jaboatão dos Guararapes, na Região Metropolitana.

De acordo com o promotor Ricardo Coelho, os equipamentos que estiverem disponíveis no mercado devem ser instalados mais rapidamente. Representantes da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), diretores de instituições financeiras, do MPPE e de entidades representativas dos bancários reúnem-se nesta terça-feira (27) em São Paulo para definir a forma como as melhorias serão implantadas.

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A lista de equipamentos inclui 12 itens, como biombos entre os caixas eletrônicos, vidros blindados, câmeras internas e externas de monitoramento, dois vigilantes armados por andar, porta giratória com detector de metais e alarme. Os guardas devem usar colete balístico e escudo à prova de balas. Além disso, o uso de celular é proibido dentro das agências.

O processo para obrigar os equipamentos começou há cerca de um ano, com uma ação civil pública. Nesse período, a Febraban sofreu várias derrotas judiciais apontando a necessidade da implantação dos métodos de segurança. As outras pressões, segundo o promotor Ricardo Coelho, vieram da greve dos bancários exigindo melhores condições de trabalho e até do governador Eduardo Campos, que convidou diretores de bancos para conhecer o Programa Pacto Pela Vida.

"É mais cômodo para os bancos não instalar os equipamentos e investir em seguros, mas o número de assaltos só aumenta e há gente morrendo", afirmou o promotor, que comemora o projeto de instalar todos os equipamentos obrigatórios. São 26 bancos no Estado, com quase mil agências. O próximo passo é a fiscalização.