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Acesso a banco via celular dobra em 2012  

GISELE TAMAMAR

Consultar saldo, extrato, fazer transferências e pagar contas pelo celular são situações cada vez mais comuns para o brasileiro. Levantamento feito pela empresa de pesquisa de mercado TNS mostra que o número de operações bancárias feitas pelo telefone móvel cresceu 110% em 2011 em comparação com 2010. E na avaliação dos especialistas, a tendência é que o “mobile banking” continue avançando com o crescimento das vendas de smartphones e a busca pela mobilidade. A pesquisa também mostra que cada vez mais dispositivos móveis passam a ser utilizados para atividades feitas tradicionalmente realizadas via computador. Entre os usuários de internet banking, 35% ainda preferem utilizar o computador tradicional. Já outros 24% preferem celulares e smartphones. E uma outra parcela, 11%, se sentem mais à vontade com o uso de tablets.

“Se é verdade que o futuro é digital, podemos dizer que o futuro do digital está na mobilidade. Cada vez mais veremos consumidores com acesso móvel à web, o que impacta diretamente no comportamento e na intensidade de uso”, diz Juan Londoño, gerente regional de pesquisa interativa da TNS para a América Latina.
Em número de adeptos dos serviços bancários pelo celular, a última pesquisa da Federação Brasileira de Bancos (Febraban) mostra que o crescimento foi de 72% na comparação de 2009 com 2010, passando de 1,3 milhão para 2,2 milhões de usuários. Só o Bradesco já contabiliza mais de 700 mil adeptos do mobile banking atualmente. “É um número que cresce a cada dia”, afirma Luca Cavalcanti, diretor de canais digitais do Bradesco Dia&Noite.
Os números do Bradesco mostram que o serviço não para de crescer. A média mensal de transações no mobile banking em 2011 foi de 8 milhões. Se levarmos em consideração os dois primeiros meses de 2012, a média salta para 15 milhões. “Existe uma tendência das pessoas mais jovens irem direto para a mobilidade, sem passar pelo internet banking”, conclui Cavalcanti. A situação não é diferente no Banco do Brasil. O número de usuários mobile cresceu 86,6%, de 977,6 mil em 2010 para 1,8 milhão em 2011. Já as transações aumentaram 232,1% no mesmo período, de 24,6 milhões para 81,7 milhões. “A mobilidade é o principal fator que justifica esse crescimento, além da inclusão de novas opções para os clientes”, pontua José Lairton Rocha Júnior, gerente na unidade de Gestão de Canais do Banco do Brasil. Do total de transações feitas pelo celular, 80% delas utilizam os aplicativos instalados nos celulares.
No caso do Itaú, o banco ultrapassou em março a marca de 1,1 milhão de downloads para seus aplicativos. A preferência é para a ferramenta para o iPhone, com 540 mil registros.

Adepto O sócio-fundador da agência F.biz, Marcelo Castelo, de 34 anos é um usuário assíduo dos serviços bancários pelo telefone móvel. Ele usa alternativas para acessar sua conta desde 1997, quando era preciso pedir um CD no banco para instalar um programa no computador.
“Evito ao máximo ir até uma agência. É a última opção, só quando tenho um problema”, conta o administrador, que usa o serviço em busca de conveniência. “Com o smartphone é mais fácil acessar a conta, ver o saldo, pagar contas. É mais rápido pelo celular do que pelo computador”, acrescenta Caslelo.
Na avaliação do professor da Fiap, Marcelo Lau, o crescimento do mobile banking é consistente e deve continuar. No quesito segurança, a recomendação do professor é para tomar alguns cuidados, principalmente quem armazena informações bancárias no aparelho. É importante instalar um antivírus e colocar uma senha para acessar o aparelho, além de tomar cuidados de navegação e com que instala no aparelho